domingo, 15 de dezembro de 2024

PHYSA HERA EXAMINING CLOTHES

 



[Intro: Cheb Mami]

Layli, layli, oh

Hathe mada tawila

Wa ana nahos ana wahala ghzalti

Wa ana nahos ana wahala ghzalti

Wa ana nahos ana wahala ghzalti

 

[Chorus: Sting]

I dream of rain, ya leil, ya leil

I dream of gardens in the desert sand

I wake in vain, ya leil, ya leil

I dream of love as time runs through my hand

 

[Verse 1: Sting]

I dream of fire, ya leil, ya leil

Those dreams are tied to a horse that will never tire

And in the flames, ya leil, ya leil

Her shadows play in the shape of a man's desire

This desert rose, ya leil, ya leil

Each of her veils, a secret promise

This desert flower, ya leil, ya leil

No sweet perfume ever tortured me more than this

And as she turns, ya leil, ya leil

This way she moves in the logic of all my dreams

This fire burns, ya leil, ya leil

I realize that nothing's as it seems

 

[Chorus: Sting]

I dream of rain, ya leil, ya leil

I dream of gardens in the desert sand

I wake in vain, ya leil, ya leil

I dream of love as time runs through my hand

 

[Post-Chorus: Sting]

I dream of rain, ya leil, ya leil

I lift my gaze to empty skies above

I close my eyes, ya leil, ya leil

This rare perfume is the sweet intoxication of her love

 

[Bridge: Cheb Mami]

Aman, aman, aman

Omry feek antia

Ma ghair antia

Ma ghair antia

 

[Chorus: Sting]

I dream of rain, ya leil, ya leil

I dream of gardens in the desert sand

I wake in vain, ya leil, ya leil

I dream of love as time runs through my hand

 

[Verse 2: Sting]

Sweet desert rose, ya leil, ya leil

Each of her veils, a secret promise

This desert flower, ya leil, ya leil

No sweet perfume ever tortured me more than this

Sweet desert rose

This memory of Eden haunts us all

This desert flower, ya leil, ya leil

This rare perfume, is the sweet intoxication of the fall

 

[Outro: Cheb Mami]

Layli, oh-oh, layli, layli, ah-ah-ah


SOLDADOS SINTÉTICOS

Texto de autoria de Alceu Natali com direito autoral protegido pela Lei 9610/98.  

De vez em quando, Ainda vejo no espelho, A alma de menino em meus olhos, E quase sempre o reflexo de cabeça branca, Carquilhas demarcando as fronteiras do rosto, Os ombros um pouco retacos, Como negro acostumado a bolear o fardo da vida, As sacas de café e batatas nos ombros portuários, E aos poucos, As madeixas vão lentamente se perdendo, Preparando-se para setenta e uma primaveras, Mas ainda não para serem assentadas, Meu coração ainda fervente, Mantém membro e bagos em elevada temperatura, Com poucos cabelos na mão, De meu amor a paixão em latente ardência de verão de Fevereiro, De sol, Praia e suores, Penetra-lhe com suave calor suas carnes, Como de braceletes o ouro em brilho quente, Morde-lhe com volúpia seus lisos braços, Domina-lhe os nervos, Entra-lhe como vento por uma janela largada aberta, Sacode-lhe frouxamente as cortinas, Até que um dilúvio de luz cai do alto de sua fronte como pano sobre o palco do teatro de nossas existências e cega-me, E às vezes me perco, Como me perdi com menos de trinta e perguntava se, Quando tivesse meia quatro, Você ainda precisaria de mim, Cuidaria de mim, E me via como um homem útil, Capaz de trocar uma lâmpada, Você tricotando junto à lareira, Fazendo piquenique e jardinando aos domingos, Com netos sentados no colo à tarde, Mas continuo o mesmo soldado desde o dia que nasci, Seu aliado em guerra contra a aversão do mundo mais de seis décadas afora, Desalojado das trincheiras, Mantido no front modorrento, Nublado de fumaça asfixiante, Tresandando corpos putrefatos, Um inferno sufocante, Numa batalha desigual e solitária, E por saber ainda como manter o nariz fora d´água, Inalar ares finos e puros que adentram a alma, E nela espalhar obstinação e força, Por ser árvore que se verga ao peso de mágoas excruciantes, Sem ter um único galho quebrado, Por não me defender com armas convencionais e letais, Que mutilam e matam, Sou cunhado como uma incômoda e sintética moeda desumana, Que insiste em manter-se em circulação. 


ESCREVER POEMINHAS TAMBÉM É JUNTAR LETRINHAS?

 

Texto de autoria de Alceu Natali com direito autoral protegido pela Lei 9610/98.  

Mal conto obter, Um disco voador aparecer, Para relativizar meu tempo, Do por do sol que morre breve à claridade rósea iluminando o alvorecer, Não vejo a hora, De ir embora, Navegar o rio imprestável com uma igaratá, E chegar ao vale para frutescer o pé de amora, Não quero mais ficar aqui, Levem-me para qualquer sambaqui,  Pre-historia-me na américa de Vespúcio, Até eu evolver para um índio cherokee,  Don´t wanna be a bluebeard, Don´t wanna be feared, I wish I was a rolling stone that gathers no moss, I wish I was a moptop going weird, Delfos vai me dar o oráculo, O messias vai cear no meu cenáculo, Lúcifer vai ser meu convidado, Deus disse que não vai ser um obstáculo, Vivo lutando, A vida ensaiando, Ficando sem mel nem cabaça, Gêmeo criança do meio coadjuvando, Bem posso apressar, Uma estrela definhar, Ela é um quasar que chega aos meus olhos, Mas não posso ouvir seu pulsar, Enxergo o tempo, A tempo de sentir o vento, A tempo de normalizar a aceleração e o afrouxamento da canção, Meu relento é de trampa e urina por falta de arejamento, Porque o mundo é redondo, Estou rodando, Ele me gira, E a pombagira vai me incorporando, I cannot win the toss, I cannot carry that heavy cross, Lay me out once more, Let me be my own boss, Porque o céu é azul, Vou de aloés e cardamomo com ar taful, Porque quero me revestir de alta dignidade, Minha suprema aspiração é o curul, Porque o vento sopra forte, Derramo lágrimas de toda sorte, Espero morrer antes de envelhecer, Espero morrer antes da morte, Porque minhas morte-cores são ordinariamente vivas, Me falta o negro como ébano, Me falta o limão, Me falta a ágata como ônix, Me falta o açafrão, Já tenho o branco do marfim, Me falta o carvão.


TEMPO DOS TEMPOS

Texto de autoria de Alceu Natali com direito autoral protegido pela Lei 9610/98. 

Não obstante o desejo de expressar-se de viva voz, Confia-se a este escrito laçado, mas não lanceolado, O espanto, A dor e o susto que se confundem e se misturam num sentimento espalhafatoso, Uma euforia demorada, envolvente e cândida, Impressa no presente de experiências conhecidas através de livros atuais, Comoções autênticas, Lidas de alegrias, Nas realidades urbanas, Reais como extraordinários sonhos realizados, De psicodélicas veracidades, Carregadas de harmonias entre o espiritual e o temporal, Entre o místico e o terreno, De certezas transitórias, Às luzes escassas do sol nublado, Que, Refletido em ângulo obtuso nas paredes das ruas, Alvejadas de cosméticos, Coam decompostas pelos vidros corados das janelas das casas, Vendo-se assentados, A um imensurável aparador no meio da cidade, Um clarão transcendental, Não obstante o desejo de expressar-se de viva voz, Confia-se a este escrito laçado, mas não lanceolado, A criatividade, A beleza, A originalidade que se identificam e se unem num ritmo esplendoroso, Uma música reinventada, Renovada e contagiante, O tempo dos tempos é o mesmo novamente, O falcão citadino aninha-se no beiral do alto de um prédio, A estrela solitária apinha-se no tênue braço da galáxia girando em torno do universo, A vida de brinquedo avizinha-se de um tardio despertar para o quanto não se sabe ainda poder viver na mesma felicidade.
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