terça-feira, 17 de junho de 2025
CHARME
segunda-feira, 16 de junho de 2025
SOMOS TODOS BOLIVIANOS?
domingo, 15 de junho de 2025
VOS DEMOISELLES
Oh minha querida, Sempre tive meus longes de que, Mais dia, Menos dia, Uma viração do mar de acariciar o rosto doidejaria num dia ensolarado, Indiscreta arregaçando o lenço àquela formosa donzela que veio graciosamente ao meu encontro, De olhos dependurados e de ver, Conforme ajustado, E ensejou-me a limitar-me ao deleite de roubar um beijo àquela gérbera deslumbrante da cor do topázio!
A outra de cor topázio, A Sílvia, De pavio curto com sua inatividade, Ainda lhe entregou de bandeja sua prima, Aquela morenaça, Sedenta por uma nova e melhor experiência, E você deixou-a na mão, Literalmente!
Oh minha querida, Eu não poderia contemplar, Com nobres sentimentos, Mais do que as mãos da preciosa Sônia, Marcada por Deus com uma pinta singular que misturava beleza e mistério, Não de corpo, Mas de olho, Cravejado por um verdadeiro diamante, Uma Sírio que se erguia grandiosa no céu líquido das noites de verão, Acompanhada de esplendores, Ricamente adereçada em Órion, A estrela das estrelas, Deixando todas demais desoladas, E a mim ofuscado e fascinado por sua luz cinérea!
Que maravilha, Querido! E o que dizer das duas Célias? Uma fria e fleumática como uma inglesa, A outra do tipo tuareguesa, Quanto mais amantes, Melhor a sua reputação, Ambas propícias a novas aventuras, E não duvido que com elas seria possível um ménage à trois, Como o trio que o Odilon formava com a tia e a sobrinha e que você dispensou!
Oh minha querida, As divinas Célias, Mais do que um dobro, Um triunvirato fulguroso, O clarão de um farol que apanhou-me em cheio, Cegando-me momentaneamente, Levando-me ao sétimo céu, Num mês de setembro, Oh Célia, Anagrama de minha saudosa Alice, Que fazia o sol brilhar num dia chuvoso, Que fazia a primavera se adiantar num dia friorento!
E que lembranças você acha que aquela carioquinha guardou de você sem você nunca tocá-la?
Oh minha querida, A bela moreninha do Rio, Cujo nome era impronunciável de tão divino, Como falar e escrever o nome de Deus é proibido aos judeus, E cuja companhia naquela inesquecível viagem do centro ao extremo norte pareceu durar dias, Como uma peregrinação da Galileia a Jerusalém na semana da Páscoa, Dando-me o privilégio de admirá-la como o Templo de Salomão, E por ter visto a Cidade Santa uma única vez já poderia morrer feliz, Sem precisar adentrar o Santo dos Santos!
Oras, Meu querido beato, Aquela magrela de andar desengonçado, A Márcia, Te ensinou a beijar de verdade, E sua Deusa queria te abrir mais que os lábios, Mas você em nada contribuiu, E nem mesmo aceitou seu perdão por ela ter sido obrigada a lhe deixar uma única vez!
Oh minha querida, A Márcia foi minha grande iniciação, Mas minha Deusa, Se quisesse, Poderia ter me ensinado outros rituais que habitam sua tentação, Mas ela preferiu preservar meu romantismo, Alimentou-me com palavras emblemáticas, E sua vivacidade feminina transformou-me num trovador, Estimulando-me a fazer declamações ao longo dos caminhos que trilhamos juntos!
sábado, 14 de junho de 2025
PENELOPE CHARMOSA EM QUADROS: SPIDER WALK
Ela nada como uma profissional, mas não admite como tal, e apesar dela já ter mais de meio século de existência e todas as complicações que a idade avançada traz à saúde, ela ainda mantém esta invejável elasticidade, e não duvido que ela consegue fazer aquela cena da menina descendo a escada de costas como se fosse uma aranha no famoso filme O Exorcista na versão do diretor (veja a cena original do filme no vídeo abaixo). O mais espetacular é esta foto que ela tirou de si mesma, junto à enorme parede de vidro com vistas da varanda e do bosque do outro lado da rua, com reflexo simétrico na sala. Como ela conseguiu isso estando sozinha em casa? Esta foto merece uma música alegre e dançante da banda The K.C. & The Sunshine Band para a galera começar o fim de semana botando pra quebrar e rebolar.
sexta-feira, 13 de junho de 2025
SEXTA-FEIRA 13, FELIZ COM MINHA FAMÍLIA E MEUS 'PETS', INCLUINDO UM BELO GATO PRETO CHAMADO MICHIGAN
Sexta, 13, é um dia azarento. Um dia para Satanás regozijar seus olhos anticristãos e infernizar a vida de incautos de pouca fé. Um dia para ele festejar a heresia. Dizem os sabe-tudo do vaticano que o coisa-ruim se vale do fato de Jesus ter sido traído por um amigo e preso numa sexta-feira, logo após ter celebrado sua última ceia com 13 pessoas à mesa, e ser levado à morte. Não sou supersticioso mas, por via das dúvidas, tomo minhas precauções. Um oficial de justiça já apareceu um dia em casa, em plena sexta, 13, sem avisar. Amarro a cara assim que os primeiros raios de sol surgem no horizonte. Não se pode esbanjar bom humor cedo demais. Dá azar. E o tinhoso está atento. Felicidade se conquista dia após o dia. Só abro um largo sorriso depois do meio-dia. Toda manhã acordo espirrando. Não sei por que. Mas numa sexta, 13, cuido para que minha esposa fique ao meu lado o dia inteiro, pedindo a deus para me abençoar a cada esternutação. É essa bênção que evita que o espírito escape do corpo a cada espirro. Depois do café da manhã costumo soluçar. Isso, dizem, também é um orixá querendo me fazer de cavalo. Para expulsar o sapucaio, prendo a respiração pelo nariz, tomo um copo de água, enquanto minha mulher me dá um baita susto por trás, estourando uma enorme bexiga junto aos meus ouvidos. De manhã demoro para pegar no breu. Fico meio sonolento até às nove, e bocejo muito. Minha esposa entende muito de obsessão. Ela me pede para tampar a boca com a mão ao boquejar, senão o pé de gancho me entra pela goela. Interessante é que quando bocejo, ela boceja também. Ela também reclama que eu me coço demais e que, num dia como uma sexta, 13, isso é um mau presságio. O mafarrico pode provocar um bate boca feio com alguém. Sigo seu conselho e aguento a comichão até o dia acabar com minha mulher em minha cama. Lá o batibarba fala a linguagem do corpo. Quando me preparo para começar a trabalhar, primeiro dou uma cusparada nas mãos e as esfrego, para me dar força extra contra o infortúnio. A saliva tem um poder de cura mágico. Por isso meus gatos e cachorros vivem se lambendo. Minha mulher não é muito diferente. Basta ela machucar um dedo e já o enfia na boca. Tenho também algumas crises de tosse. Para contê-la tenho uma simpatia. Pego um fio de cabelo e o coloco num sanduíche com manteiga. Ofereço-o a um de meus cachorros e lhe digo: Coma bem seu cão, Que você seja sadio e eu são. Às vezes tenho câimbra e dói muito. Numa perigosa sexta, 13, carrego alguns ossos de animais. Eles protegem. Se a câimbra vem e não passa, deito por alguns minutos com um par de sapatos em cima do estômago. Só assim a dor vai embora. A má sorte de uma sexta, 13, venha de onde vier, pode ser, até certo ponto, controlada. Para não deixar a sorte escapar, mantenho os dedos cruzados em tudo que faço, até para soltar um gás. Se o mau humor me protege contra o azar a manhã inteira, assobiar numa sexta, 13, é pedir para o azucrim te empossar. Gosto de assobiar, mas não numa sexta, 13. Minhas cãs estão aumentando aritmeticamente. Todos os dias arranco os fios brancos, um por um. Nuna sexta, 13, só dou uma guaribada neles com graxa de sapato. Dizem que na sexta, 13, quanto mais fios de cabelos brancos se tira, mais eles se multiplicam geometricamente. Todos os dias aparo as unhas dos pés e das mãos. Meu vizinho me disse que numa sexta, 13, é preciso enterrar ou queimar as unhas cortadas porque se o beiçudo as encontra numa sexta, 13, ele arrepia para valer. Minha dona me pede para simplificar. Deixe para cortar as unhas no sábado, 14. Neste último dia útil da semana, no sexto número primo do mês, o famoso olho gordo ganha peso considerável. O que faço para sair de seu foco é ficar na moita, passar desapercebido, não falar absolutamente nada a meu respeito, muito menos chamar a atenção para algo que tenho e outros não têm, uma linda mulher, por exemplo. Assim que os últimos raios de sol abrem a noite para as estrelas começa a alegria. É chegada a hora do amor. Aqui em casa se faz amor todos os dias, mas sexta é especial. Dia para beliscar um queijinho mais maneiro e bebericar um bom vinho chileno de, no máximo, 30 reais. Depois, cama! Dizem que o demônio é muito chegado numa sacanagem. Ele está convidado a vir ao meu quarto numa sexta, 13, lá pelas 22 horas. Ele terá que se conformar em assistir. Ele pode esgotar seu arsenal de mutretas que não conseguirá participar. No batente superior da porta de meu quarto penduro réstias de alho e ferraduras. Nas paredes há crucifixos. Sei que são fetiches que afugentam somente vampiros e que o diabo tira de letra. Mas acima de minha cabeceira há dois posters irresistíveis: Um mostra Judas de costas, enforcado, sangrando pelo ânus, depois de ter sido estuprado por um fariseu. O outro mostra Jesus, saindo andando de seu túmulo, e esperando-o do lado de fora Maria Madalena cheia de contentamento. E hoje é sexta, 13, mas também 26, meu dia de sorte, o dobro de 13. Portanto, o diabo que se cuide.
quinta-feira, 12 de junho de 2025
BEATRIX
Quero entrar em seu coração
quarta-feira, 11 de junho de 2025
O QUE FAZER QUANDO O SOL ESTÁ FRIO DEMAIS - MISSÃO 'O TEMPO TEM PRESSA' - GALLERIA MELONELLA & DANAUS CHRYSIPPUS
- Você parece ter adotado a humanidade deste tempo com tanto fervor a ponto de escolher uma música para sincronizar sonhos, Non, Je Ne Regrette Rien do filme INCEPTION!
- Quase isso! Câmbio! Fui!
- Parte deles está 500 metros à nossa frente, e outra parte 500 metros atrás de nós.
- Nossa, sua tecnologia é da hora!
- Não estou usando tecnologia de meu tempo porque temos suporte alienígena e você não iria entender. Estou usando tecnologia do século 22, a mais próxima de sua capacidade para entender os avanços da humanidade.