Texto de autoria de Alceu Natali com direito autoral protegido pela Lei 9610/98.
Não obstante o desejo de expressar-se de viva voz, Confia-se a este escrito laçado, mas não lanceolado, O espanto, A dor e o susto que se confundem e se misturam num sentimento espalhafatoso, Uma euforia demorada, envolvente e cândida, Impressa no presente de experiências conhecidas através de livros atuais, Comoções autênticas, Lidas de alegrias, Nas realidades urbanas, Reais como extraordinários sonhos realizados, De psicodélicas veracidades, Carregadas de harmonias entre o espiritual e o temporal, Entre o místico e o terreno, De certezas transitórias, Às luzes escassas do sol nublado, Que, Refletido em ângulo obtuso nas paredes das ruas, Alvejadas de cosméticos, Coam decompostas pelos vidros corados das janelas das casas, Vendo-se assentados, A um imensurável aparador no meio da cidade, Um clarão transcendental, Não obstante o desejo de expressar-se de viva voz, Confia-se a este escrito laçado, mas não lanceolado, A criatividade, A beleza, A originalidade que se identificam e se unem num ritmo esplendoroso, Uma música reinventada, Renovada e contagiante, O tempo dos tempos é o mesmo novamente, O falcão citadino aninha-se no beiral do alto de um prédio, A estrela solitária apinha-se no tênue braço da galáxia girando em torno do universo, A vida de brinquedo avizinha-se de um tardio despertar para o quanto não se sabe ainda poder viver na mesma felicidade.
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