Se antes não era tão feliz, E
isso desconhecia, Tinha nas mãos o maior bem entre os terrenos, E agora que
ajusto as contas com a natureza, Sou o imortal sonho da alma exilada, Da alma
repatriada, A tempo e a hora, Eternidade atrasada e adiada, Agora tenho no
coração o maior bem entre os celestiais, Sou índia abolida pelos brancos, De
volta ao meu habitat natural, Procuro pelas Marias, Do Egito, De Betânia, E de
Megadan, Conto-lhes meu desejo apenas idealizado, Convenço-as de que já havia
sido realizado, Minha liberdade torna-se verdade, À vista de um deus nórdico,
Falto de austeridade, Farto de meu talento, De minha recompensa de frutos do
solo, Fruta tomate, Falto de leguminosidade, Degustada com o sal da terra,
Insípida sem ele, Me faz luz do mundo, Derramada em dilúvio sobre a noite,
Subindo os dias, Descendo em sois, Difundindo as fronteiras vivas e mortas de
minha felicidade, Propagandista altruísta, Em bons princípios, Boas ideias, Bons
conhecimentos, Criança saindo debaixo da saia da mulher sem o convívio dos
homens para se consagrar a Deus, Paciente recebendo baixa da terapeuta, Leniente
com minhas infantilidades, Plena de senso de humor, Afasta-me de Hugo de
Grénoble, Afasta-me da minha falação infanto-juvenil, Da velhice e da
enfermidade, Retroage-me à jovem saudável, Graças à Santa Lilian, À Santa
Milagre, À Santa Regina, E toda alegria e louvor que saltitam ao redor de vocês,
Minhas maiores, Com preferência ao silêncio de vossas realizações, À conservação
de seus monumentos, Vós sois Pedra-lipes, As salsas águas do mar, Curam feridas,
E Lúcias, E a mim, Apenas uma delas, Não a mais bela, Só a mais contente das que
em todas as estações dos anos recebiam pousadas nas vindimas de vossas
vidas.