Ela vive e luta de sol
a sol, Sendo lhe dada ainda ver morrer o poente na boca da noite, Dando lugar a
finabs e incertas luzes que mal bruxuleiam pequeninas no céu da meia-luz
crepuscular, E que calam tristezas e angústias como segredos, De lágrimas
inquietas e preocupadas derramadas na solidão que os astros guardam nas altas
horas, E qual mar revolto em ondas furiosas, Sacia a pleno a sede ardente dos
justos e injustos, Sem nunca deixar passar-lhes na mesma idade, A felicidade em
suas mãos, Mãos intrépidas e balsâmicas, Que seguraram o ódio e o terror,
Deixando escorrer de seus olhos um tudo-nada de gotas de pranto contido, Mãos de
anéis que obram as salvações de todos no mundo com temor e tremor, Orando todas
madrugadas com fervor, Procurando silenciar o bem que na sua alma mora, E as
ameaças e os perigos que outras não podem suportar, Mas que Deus está a
observar, E se Deus estava preparado para regozijar seus olhos à distância,
Foi-lhe mais aprazível ceder-se de perto à coragem desta guerreira de espírito
desarmado que jamais lhe pediu para seu clamor.