Texto de autoria de Alceu Natali com direito autoral protegido pela Lei 9610/98. LEIA O TEXTO AO SOM DA MÚSICA DO VÍDEO POSTADO NO FIM. Sem ela, a vida seria um erro (Friedrich Nietzsche)
O que
você espera, Penélope Charmosa? Ela finge que não quer, Que não gosta, Querendo,
Gostando, Seu Imperador Romano que viria em 700 anos já foi
largado nos tempos pretéritos de outros homens, como livros que nunca foram
lidos, Ela decide consultar os oráculos. É recebida, Mesmo sendo consulente
mulher, Sem pagar taxa, E ainda ganha o direito de pomancia, Sem ter que pagar sobretaxa, O que você espera
encontrar, Penélope Charmosa? Um vilão como Tião Gavião sem ter uma quadrilha da
morte para te proteger? A pitonisa profetisa: Você é uma guerreira que luta
sozinha, Mas quem agora comandará sua boleia não é pessoa conhecida de sua
Esparta, Que sim outro vindouro de Ítaca, por nome Odisseu. Penélope oferece um sacrifício aos deuses:
suas imagens ao estrategista do cavalo de madeira, Algumas despidas de
quaisquer pluviais solenes, Suas curvas deformam o olhar do pretendente
escolhido, A beleza de seu semblante diminui Helena de Troia, Seu caráter e
conduta nem se fala, Odisseu retribui a oferenda com odes à la Alceu de Mitilene: Aqui vejo minha bela, Sentada num cais de
mármore, Serena como águas de rosa, Ambas todas azuis e tranquilas como lagos
suíços, Aberta às paixões, Tímida, Mas experiente, Ela se mantém fiel e austera
num pélago de vagas aspirações de um amor que espera anos a fio. Odisseu
quer ouvir sua voz, A Sibila concede, Suas palavras são breves e meigas, Enfim,
a sacerdotisa Pítia dá o oráculo dos deuses que falam através dela: Dez anos estivestes casada, E outros dez esperastes,
Há qualquer coisa de melancólico nestes dias juninos, Mas no vigésimo sexto
chega o barco que te levará para Ítaca para sempre.