Texto de autoria de AustMathr Viking Dubliner e Inglesa Luso-Chinesa com direito autoral protegido pela Lei 9610/98.
Tantas odisseias, Tantas
guerras homéricas, Eternizadas por mentes epopeicas para esta parte única do
mundo que chamamos de civilizada, E as mãos desprovidas de armas clamam por
palavras que aproximem de nossos corações a natureza pacífica, À medida que
chispam metais riscando os campos de batalhas, Próximos à água fria murmurando a
brisa, Farfalhando pelos galhos de macieira, Enquanto folhas trêmulas escorrem
num sono profundo, E estas letras épicas e líricas, Juntas com tantas outras com
o mesmo ideal de beleza e conhecimento, Abrigam-se num único recinto público,
Escritos como vinhos, Quanto mais velhos mais sábios, Porém o barbarismo, Não
satisfeito com tantos estupros, Assassinatos, E pilhagens, Tudo extingue com
fogo, E ninguém tem o direito de destruir um único pensamento humano, E se um
deus pagão pede vingança, Não se luta por um reino ou por riquezas, Mas como
pessoas comuns, De liberdade perdida, De corpos dilacerados, E de filhas
difamadas, E se um deus de batismo também quer sua desforra, Faz-se necessário
obedece-lo, Nem que se tenha cem pais e cem mães, E não carece saber que amor ou
ódio este deus tem por invasores, Suficiente é saber que todos eles serão
reconduzidos às suas terras, Exceto aqueles que aqui morrerão, E em toda a
glória das que vencem por amor, Muito melhor é ser mendigas solteiras do que
rainhas casadas, E sendo pobres aqueles que querem prestar honrarias às
vitoriosas que lhes inspiram, Não tendo eles nos céus tecidos bordados,
Decorados com luzes douradas e prateadas, panos azuis, indistintos e escuros
da noite e do lume da meia-luz, Faça-se, então, deitar sob os pés destas
valiosas mulheres vossos sonhos, E elas cuidarão de neles andar suavemente, Pois
sabem que caminham sobre o que lhes restam.