Texto de autoria de AustMathr Viking Dubliner e Inglesa Luso-Chinesa com direito autoral protegido pela Lei 9610/98. LEIA O TEXTO AO SOM DA MÚSICA DO VÍDEO POSTADO NO FIM. Sem ela, a vida seria um erro (Friedrich Nietzsche)
Esse portento de formosura já aconteceu, Daqui a milhares de anos do nosso tempo, Precisaremos de almas bastante amigas, Para sairmos robustecidos na fé e na crença deste milagre, Tomaram emprestado de nossa mãe terra, Penhoraram nosso amor, O nosso futuro gostaria de nos resgatar antes do sistema solar vos espalhar galáxia afora, Gostaria de nos elevar, Brilhando telas, E exalando âmbares, Por amazonas cupidinosas, Como Anti-ares, Apontando com seus arcos certeiros, Nossos lindos seios cortados, Que são de nosso torrão, Sempre estiveram em todas nossas bandeiras, Que Continuamos hasteando e tremulando em nossos sonhos, Nossos pares atravessaram as estrelas, Com essas Flautas encantadas que afugentam todo perigo, Atraíram-nos para as fantasias que pensávamos existir só no país das maravilhas, Com nosso avanço pelo cosmos, Entrevemos, De longe, Nosso sol, Como um pastor sentado à borda de um tênue regato de gases e poeira, Como num braço de ribeiras de várzeas, Aparecem-nos arabescos caprichosos e românticos, E poéticos devaneios, Eis ali os dois irmãos inseparáveis e incestuosos, Os filhos de Leda, A cabeça da primeira gêmea, E os pés da segunda, Ambos guardados com alegria plena pelas mãos da guerreira do centro, E nas extremidades vemos a princesa tecelã, E o pastor de gado, Que se veem só uma vez por ano, E quando chega o dia, Lançam-se de encontro um ao outro como num voo de águia, Parecendo vegetais felizes, Mergulhando as sôfregas raízes, A procurar no solo ávidas seivas em seus lábios, Eles, Assim como nós, Ao contrário do romancista que entra na literatura com o pé direito, Têm os pés esquerdos de algo central, De algo maior, E se apartam pé ante pé, Sem solércia e negaça, Até que o brilho de seus olhos se reduzem ao som de um pulsar, E simplesmente sentem sem o coração, Só com a imaginação, Que já fora de leão, E agora é um pequeno rei mitológico, Do tempo da virgem Erígona, Seu pai Icário, E seu cão Maera, Aqueles que se seguem, Ao clarão de belas supernovas, Faróis para todos navegantes do universo, Como o piloto do navio de Menelau em sua expedição para reaver Helena de Troia depois dela ter sido levada por Páris, Como eu que tenho vocês, meninas e amadas ao pé de si, Que faz vossa humanidade feliz e completa, Traga-me de volta, Correndo e carregando comigo uma braçada de espaço sideral retardatário, Colhido pelo caminho que trilhamos, E levado pela boa vontade de vossa soberania, Crescei e multiplicai-vos em bilhões idênticas a vocês, minhas belas irmãs, Esse portento de formosura já aconteceu, Daqui a milhares de anos do nosso tempo.
“Algo vai acontecer.” Algo sempre acontece é da essência da dinâmica da vida. É o moto contínuo...Gostei do texto...
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