Texto de autoria de Alceu Natali com direito autoral protegido pela Lei 9610/98
Tantas odisseias, Tantas guerras homéricas, Eternizadas por mentes epopeicas para esta parte única do mundo que chamamos de civilizada, E as mãos desprovidas de armas clamam por palavras que aproximem de nossos corações a natureza pacífica, À medida que chispam metais riscando os campos de batalhas, Próxima à água fria murmura a brisa, Farfalhando pelos galhos de maceira, Enquanto folhas trêmulas escorrem num sono profundo, E estas letras épicas e líricas, Juntas com tantas outras com o mesmo ideal de beleza e conhecimento, Abrigam-se num único recinto público, Escritos como vinhos, Quanto mais velhos mais sabem, Porém o barbarismo, Não satisfeito com tantos estupros, Assassinatos, E pilhagens, Tudo extingue com fogo, E ninguém tem o direito de destruir um único pensamento humano, Se um deus pagão pede vingança, Não se luta por um reino ou por riquezas, Mas como pessoas comuns, De liberdade perdida, De corpos dilacerados, E de filhas difamadas, E se um deus de batismo também quer sua desforra, Faz-se necessário obedecê-lo, Nem que se tenha cem pais e cem mães, Nem que se tenha um rei como pai, E não carece saber que amor ou ódio este deus tem por invasores, Suficiente é saber que todos eles serão expulsos, Exceto aqueles que aqui morrerão, E em toda a glória das que vencem por amor, Muito melhor é ser mendigas solteiras do que rainhas casadas, E sendo pobres aqueles que querem prestar honrarias às vitoriosas que lhes inspiram, Não tendo nos céus tecidos bordados, Decorados com luzes douradas e prateadas, Tecidos azuis, indistintos e escuros da noite e da luz da meia-luz, Faça-se, então, deitar sob os pés destas valiosas mulheres vossos sonhos, E elas cuidarão de neles andar suavemente, Pois sabem que caminham sobre o que lhes restam.
Sappho de Lesbos, Boudica, a Rainha Celta, Joana D'Arc, Elizabete, Filha de Ana Bolena, Harriet Martineau???
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