Texto de autoria de AustMathr Viking Dubliner e Inglesa Luso-Chinesa com direito autoral protegido pela Lei 9610/98
Ela foi levada pelo
amor, Pela janela, A porta estava trancada, E a chave torta, Foi tudo embora, Mundo afora, Casa e esperança, De onde sai tanta gente com tanta lembrança? Que
aqui tem a vida estancada, Indiferente e ensimesmada, Perdida na realidade, Em
busca de verdade que não existe, Só ela insiste, Nada houve em Roswell, O
desastrado caído do céu, Só eu sei que ele pode ser turista e tão bom quanto um
samaritano, Quanto eu um sonhador Joyceano, Shakespeariano, E já agora perco o
fio da meada, Sobre o que falava, Aquela paixão arrastada pela esteira
rolante da matéria da escuridão, Até o final da luz, Onde ficamos todos nús,
Acabados, Tristes, E a felicidade andando de lado, O meu medo avançado, Estica
meu dedo para ser tocado, Como se nossa existência fosse mágica, A morte
esquecida em sua inexorabilidade, Trágica na sua previsibilidade, E como
diz aquele homem, Toda essa gente solitária, De onde elas vêm? De onde elas são?
E como disse aquele outro homem, Sabemos como é estar morto, E se sente como se
nunca tivesse nascido, Isto é muito parecido com tudo que penso à noite, Com o
açoite da depressão, O americano exilado na Rússia, Adaptado à solidão, O
mentalista que encontra nomes que o inconsciente desconhece, Isso me adormece,
Até quando o dia me amanhece, E sigo doente, Como dor de dente em todos os ossos
do corpo, Nascido torto, E assim partirei, Esperando encontrar a fenestra que me
dei largada aberta, E o amor que me tirei trazido de volta, Como um pedaço
de coisa preso ao rodopio do vento, Dançando arisco e lento, Neste
mundo fantástico, De tanta beleza, Fico estático, Com tanta riqueza, Não me
aguento, Não levo jeito, Só tento.
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