domingo, 14 de julho de 2024

A RODA DE CATARINA

Texto  de autoria de AustMathr Viking Dubliner e Inglesa Luso-Chinesa com direito autoral protegido pela Lei 9610/98
O dia começa com o homem poderoso debochado, Respondendo à carta do amigo preocupado, Ele compara o inimigo ao homossexual eunuco e amante, O chama de inseguro e vacilante, Pálida e doentia coalhada de leite de asno de sua dieta, Que tece como o bicho da seda ao estilo do péssimo poeta, E pergunta quem quebra uma borboleta numa roda, Linda borboleta de maravilhosa fragilidade que não amola, Que o homem poderoso ridiculariza comparando-a àquele que usa ruge vergonhoso, Que fede, Ferroa, Zumbe e aporrinha o justo e o espirituoso, E o dia termina com a bonança perturbada, Desbotadas as cores do arco-íris, Um tudo-nada afoga o sorriso, A borboleta abre os olhos na manhã seguinte inquietada, Faz esvoaçarem no céu todos os íbis, Transforma o amanhã num paraíso, A borboleta é aquebrantada sobre uma roda, A maldade encontra seu bode expiatório, Os tudos-nadas festejam o precipitado juízo, A borboleta fecha os olhos na noite que se incomoda, Faz suas orações ultrapassarem o purgatório, Transforma todo escárnio e tortura em paraíso, A tempestade volta a cair, A carga torna-se mais pesada, E o tudo-nada mais incisivo, A borboleta se desnuda toda para sair, E voltar com a alma lavada, Transforma as intempéries num paraíso, O mundo está fora de alcance, A vida mais carregada, E o tudo-nada mais preciso, A borboleta embala o berço para que o tudo descanse, E o nada tenha sua esperança alimentada, Transforma toda mazela num paraíso.

2 comentários:

  1. ESPETÁCULO DE GRAÇA SÓ PODE SER ENCONTRADO AQUI NESSE BLOG! O RESTO BATE PLAMAS!

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