As muitas horas nos mares
apascentados com meu corpo e minha alma, As leituras à luz das palavras que
calam os dogmas e transcendem a fé, As longas viagens nas mãos da liberdade que
acolhem o peregrino, As árvores e seus rebentos que, congelados, frutificam
pequenos paraísos, As pessoas incógnitas e os mundos do passado e do futuro que
fabricam meus sonhos, As manhãs gloriosas das madrugadas apressadas que acordam
minha paixão corpórea, As escolhas privilegiadas das artes musicadas que
alimentam meu princípio espiritual, Os muitos deuses nas noites embaladas com
meu choro e meu expurgo, Os escritos à sombra das incompreensões que desavistam
as feridas e exasperam a humanidade, Os muitos erros às vistas da impunidade que
indultam o forasteiro, Os pássaros e seus cantos silenciados que adotam grandes
desajuizados, Os seres ocultos e os mundos do presente que preservam meus
pesadelos, Os amanhãs esperançosos dos tempos fracassados que fortalecem minha
obstinação, Os dias vividos das partes racionadas que me guiam por meio do
medo.
Como sempre, lindo e irretocável!
ResponderExcluircara, que presente de natal!, difícil é escolher a frase mais bonita uma vez que todas são, como disse aí acima a mulher chamada MagArruda, irretocáveis, mas eu ainda me maravilho com ''Os escritos à sombra das incompreensões que desavistam as feridas e exasperam a humanidade, Os muitos erros às vistas da impunidade que indultam o forasteiro'', isto está muito além da imaginação do escritor comum, cara, você simplesmente arrebentou, só me restam minhas mesmices de sempre, te dizer obrigado por este presente excepcional e, mais uma vez, parabéns
ResponderExcluirmagnifica poesia !!! beijos
ResponderExcluirBelo texto, Alceu Natali.
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