Olhamos
para o alto, Para um céu azulado, Desanuviado, E em nossos olhos caem esparsos
pingos de chuva num dia ensolarado, Olhamos à nossa direita, Para o outro lado
do Atlântico, E em nossos ouvidos penetram descriminados tons negros,
Preservamos suas cores em nosso íntimo, E trocamos suas almas pelas nossas, E a
Londinium dos romanos, Nivelada ao chão pela rainha Boudica, Na década de 60 de
dois mil anos atrás, Deixa agora, Nestes novos e gloriosos anos 60, De ser
capital de um império, Para ser o centro da efervescência cultural e artística
do mundo, Trocamos nossa rainha palaciana por uma modelista, Que deixou nossas
pernas à vista, Nossas roupas com matizes mais vivas, Abandonamos nossas armas, E conquistamos todos os países com nossa moda e nossos costumes, Resgatamos da antiga ilha Grega de Delos, Santuário
de Apolo e Ártemis, O elixir que mantém nossas mentes abertas à percepção do
desconhecido, Do inusitado, Dando-nos o poder da criatividade e originalidade,
Nos tornamos modernos, Descolados,
E arrojados, Substituímos nossos banjos por guitarras elétricas, E
revolucionamos a música, Pondo Mozart, Beethoven e Bach para dançar em seus
túmulos, Escandalizamos
nossos conservadores, Incluindo os pequenos carros Mini-Coopers na frota de
táxis, E usando nossa bandeira para confeccionar calcinhas,
O
mundo nos olha e nos ouve, E em todos os seus sentidos vibra a cidade mais avant-garde do planeta, E lhe retribuímos a
admiração, Dando-lhe de presente, Os Beatles, Os Rolling Stones, E o The Who, E
Deus nos agradece.
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