Texto de autoria de Alceu Natali com direito autoral protegido pela Lei 9610/98. LEIA O TEXTO AO SOM DA MÚSICA DO VÍDEO POSTADO NO FIM. Sem ela, a vida seria um erro (Friedrich Nietzsche)
Põe-se a caminho sensualidade de sensibilidade, Faz vento soprar rente a um gênero frágil deitado em solo fértil, Esparrama cabelos, Pontas de tirso de hera e pâmpanos, Carregadas de pinhas com arranjo de flores de celofane, Cingidas de tijolo e salmão, Embrenhados por mãos entre fios emaranhados, Acariciados por suaves toques de veludo, Por lagartixas deslizando em vidraças como Jesus em água, E deixam mechas pendularem sobre olhos de caleidoscópio, vidros multicoloridos refletindo milhões de sóis, Milhões de escravos carregando bastões em círculos em torno de suas escravas, Negras do mundo que atraem seus brancos em trevas de dias findos, Fazendo-se acompanhar igualmente por bacos e tíades, Levando uns a sentirem-se o que é estar morto, Como se nunca tivessem nascidos, E outras a sentirem-se o que é ser lasciva e sentimental, Como se nunca atinassem para sexo oposto, E bastam-se por sua sensibilidade, E extravasam-se por sua sensualidade, E acoplam-se por leis naturais do sexo forte, Aliado de ruim com elas, De pior sem elas, Adversário de inconcebibilidade sem feminilidade, De previsibilidade com masculinidade, Privando vivedores de cores, Flores de odores, Provadores de sabores, Trovadores de amores.
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