sábado, 12 de outubro de 2024

MEDULA


Texto de autoria de AustMathr Viking Dubliner e Inglesa Luso-Chinesa com direito autoral protegido pela lei 9610/98. 


Medula Medusa, Intrusa nessa metástase óssea, Não me ignore, Como pode? Uma baleia encalhada na areia! Não sou veículo quebrado irreboqueável, Peça ajuda, A quem deus cuida, E não atrapalhe, Quem não precisa que você trabalhe, Deixa os briguentos retidos no chão, E o meliante com as amarras nas mãos, Os homens da lei lhes darão detenção, Coluna Medeia, Incólume nessa metamorfose vertebral, Veja quanta plateia, À espera de ideia, Eu sou uma delas, Plano pensado nunca iniciado, E acabado, Que se demora, Arregace minha manga da mesmice, Isso alguém me disse, Reinvente-me agora, Nesta hora crepuscular, Antes que seja tarde para ir embora, Antes do seu tempo acabar, Rainha Pandora, Sem espinha, Alinha minha postura dorsal, Não encare a cabra, Antes que sua mente se abra, Veja quem te contempla, Quem não te inventa e te adora, Medula Cunha, Jovem mulher da Amazônia, Calce-me para não cair, Como você melhor quiser, Você é testemunha, Do meu cansaço, Do meu fracasso, Me dê um abraço, Na minha insônia, Ansiedade e depressão, Não precisa partir, Só do pequeno santuário de simplórias oferendas, Que mantém prendas para um morto na estrada deserta, Aberta na sua imensidão.

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